O Sindicato dos Professores de Teresópolis (Sinpro) nega que tenha feito algum tipo de contribuição ao “Plano de retomada da educação para o ano letivo de 2021” da prefeitura de Teresópolis, como a própria prefeitura divulgou em nota nas redes sociais, já antecipando a volta às aulas, a partir de 1º de fevereiro, nos estabelecimentos privados de ensino, com a manutenção das aulas por sistema remoto e também com a possibilidade de uso do sistema híbrido (remoto e aulas presenciais).
Na verdade, sequer fomos convidados a discutir ou entregar contribuições à prefeitura sobre o eventual retorno às aulas.
Com isso, repudiamos o uso do nome do sindicato, causando confusão em um momento já tão confuso e triste para a nossa população.
Nossa postura vem sendo muito clara desde o início dessa pandemia e da decretação (março de 2020) pelo governo do estado de calamidade pública de saúde: somos contra a voltas às atividades presenciais na educação enquanto a pandemia não estiver controlada, o que não é o caso no país, no estado e, obviamente, em nosso município.
Além disso, o Sinpro Teresópolis, em conjunto com a Feteerj, Federação a qual é filiado, e com os Sinpros coirmãos, lançou nota semana passada, defendendo que as professoras e professores dos estabelecimentos de ensino privados e públicos, em função das características específicas da categoria, sejam vacinados contra a covid já no grupo prioritário – cumprindo inclusive com o decreto 47.454 do governo do estado, publicado no Diário Oficial de 21/01/2021, que classifica a Educação como atividade essencial – leia a nota conjunta.
A verdade é que a pandemia, no Brasil, recrudesceu por causa do relaxamento das autoridades com a política de isolamento social, flexibilizando as normas de combate à pandemia. Essa flexibilização fez do Rio de Janeiro o estado com a maior taxa de mortalidade do País, com 155 mortos a cada 100 mil habitantes (jornal Metrópoles 12/01).
Diante do exposto, alertamos, em nome do bom senso, que o início intempestivo do ano letivo de forma presencial, mesmo que de forma híbrida, pode por em risco a saúde de toda a população, notadamente neste momento em que a pandemia se expande perigosamente, podendo até mesmo colapsar a rede de saúde no município.
Professor Marcelo Barreto – presidente do Sinpro Teresópolis
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