O Plenário do Senado deve votar nesta quarta-feira (25), em primeiro turno, a Proposta de Emenda à Constituição da reforma da Previdência (PEC 6/2019). Anteriormente prevista para a tarde de terça-feira (24), a análise da PEC da reforma da Previdência foi adiada em um dia para que os senadores participem da reunião do Congresso a partir das 15h, para apreciar uma ampla pauta com vetos presidenciais a leis aprovadas pelo Legislativo e o projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2020 (PLN 5/2019).
Em função deste adiamento, a CUT e demais centrais sindicais – CGTB, CSB, CSP-Conlutas, CTB, Força Sindical, Intersindical, Nova Central e UGT – também transferiram para quarta-feira (25) o ato que vai pressionar os senadores a não aprovar mais este ataque aos direitos dos trabalhadores e trabalhadoras.
Como já informamos, o relator da PEC da reforma, o senador tucano Tasso Jeiressati, manteve em seu texto a maioria das maldades da reforma encaminhada pelo governo Bolsonaro/Guedes (PSL) para o Congresso Nacional e já aprovada na Câmara dos Deputados: fim da aposentadoria por tempo de contribuição; a obrigatoriedade da idade mínima de 65 anos para os homens e 62 para as mulheres se aposentarem; a mudança na fórmula de cálculo do salário benefício, que rebaixará o valor médio dos benefícios; o prazo curto das regras de transição; a não criação de regras de transição para pensões; e a redução dos valores das pensões.
Ou seja, se a PEC for aprovada os brasileiros vão trabalhar mais, receber menos e ainda terão dificuldade de acesso à aposentadoria e à Previdência Pública.
Além disso, o governo apresentou dados falsos para convencer os parlamentares de que a reforma combateria privilégios, como denunciaram pesquisadores da Unicamp.
No entanto, com o adiamento, ainda há tempo para pressionarmos os senadores a mudarem de opinião ou não aprovarem os pontos mais nocivos da reforma. Mas tudo dependa da nossa pressão. Para isso, a CUT lançou a plataforma “Na Pressão” – com ela, as professoras e professores tem uma ferramenta virtual de participação social, política e cidadã para ajudar a pressionar os parlamentares a não aprovarem a reforma. No site, a categoria encontra os contatos de todos os senadores nas redes sociais. Clique aqui para acessar o Na Pressão.
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