Para defender os trabalhadores, as trabalhadoras e toda a sociedade brasileira da política econômica neoliberal do governo de Jair Bolsonaro (PSL), que só retira direitos trabalhistas e coloca em risco o patrimônio público, ao vender as estatais a preço de banana para empresas estrangeiras, as centrais sindicais CUT, CTB, Força Sindical, UGT, CSB e Intersindical e as frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo, convocaram o Ato em Defesa da Soberania, Direitos e Empregos, em Brasília, nesta quarta-feira, dia 30, a partir das 10h da manhã.

Para as Centrais, ir para as ruas é defender o Brasil, a geração de emprego para mais de 30 milhões de trabalhadores e trabalhadoras desempregados e subempregados que querem empregos de qualidade. Ir para ruas é dar um basta nas políticas neoliberais. Assim, para voltar a crescer, o Brasil precisa de investimento do setor público porque as multinacionais só investem em seus países de origem.
Todos os períodos de crescimento econômico que nós tivemos foi com intervenção do Estado, com investimento dos bancos públicos, em especial BNDES e das empresas estatais, como fez a Petrobras que ao decidir pela construção de plataformas no Brasil recuperou o setor naval brasileiro, gerando milhares de empregos.

Mas a política de privatização do ministro da Economia, o banqueiro, Paulo Guedes, de entregar o nosso minério e nossa água aos estrangeiros, será um caso de estudo porque o Brasil será a única Nação no mundo que entregou a suas riquezas para outro país sem nenhuma guerra.

No ato estão previstas caravanas de outros estados e, principalmente de Goiás e do entorno de Brasília. São petroleiros, bancários, professores, metalúrgicos, urbanitários e trabalhadores e trabalhadoras dos Correios, servidores públicos, terceirizados e de várias outras categorias profissionais, inclusive desempregados que vão ocupar a esplanada dos Ministérios.

O trabalhador que não puder ir, avise a família e os amigos desempregados sobre a importância da participação deles. Precisamos de toda a população engajada. Estamos defendendo a soberania nacional e isto passa pela manutenção das empresas públicas. Este governo estagnou a economia, não gera emprego, nem renda e o problema não é só dos trabalhadores das estatais, é de todo brasileiro que vai pagar a conta.

Vamos lembrar que Paulo Guedes ajudou a implantar no Chile o sistema de capitalização da Previdência, acabou com direitos trabalhistas e enfraqueceu os sindicatos. Por isso, o que está acontecendo no Chile é a revolta do povo contra a política econômica neoliberal, onde tudo é privatizado. Não tem ensino superior gratuito, não tem acesso à saúde gratuita. É a mesma política que Bolsonaro quer aqui, a que destrói os direitos sociais e previdenciários. O Brasil precisa acordar para não chegar a esse ponto.

Lá, o desespero é tanto que o presidente, Sebastián Piñera, pediu desculpas para o povo porque o que foi feito de ruim, não pode se recuperar em dois, três anos. Não é isso que queremos aqui no Brasil. Não podemos permitir que o que está acontecendo no Chile aconteça com o Brasil. Ainda há tempo para mudar!